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‘Zé Porrada’ dá recado ao vencer Taça Amazonas: ‘o jiu-jítsu raiz vive’

Finalizar, finalizar e finalizar. Um lutador, um verbo, zero lambança, só clima de guerra no tatame. Aos 40 anos, José Cordeiro, o “Zé Porrada”, deixou seu recado ao vencer a categoria e o absoluto da faixa preta Máster 3 durante a Taça Amazonas de Jiu-Jítsu Profissional. A competição organizada pela FAJJPRO movimentou a Arena Poliesportiva Amadeu Teixeira no último sábado, 17 de fevereiro, em Manaus. 

José Cordeiro é atleta do Aníbal Fight Clube desde curumim. Nunca largou sua academia, característica dos atletas da “old school”. Ele fez cinco combates na Taça Amazonas, vencendo a categoria (duas pelejas) e o absoluto (três lutas). 

Quis o destino que, na final sem limite de peso, ele disputasse a medalha de ouro e a premiação em dinheiro contra Edson Sales, atleta do Clube Pina e aluno do mestre Orley Lobato. Detalhe: os finalistas já estiveram na mesma equipe em outros tempos. 

“Esse cara era da nossa equipe e a gente sempre se bateu desde moleque. Hoje ele está defendendo outra bandeira (Pina) e eu continuo na minha bandeira (Aníbal). Quando a gente se pega é assim mesmo”, disse, citando o clima acirrado entre os adeptos das duas academias na Arena Amadeu Teixeira. “Ele é gente boa pra c…, mas na hora da porrada a gente não pode vacilar”, emendou 

 

Zé Porrada, como foi pelo público, disse que a Taça Amazonas significou sua retomada este ano às competições de alto nível. Um teste importante para compromissos futuros, como o Amazon Abu Dhabi, o Campeonato Amazonense da FAJJPRO e o Brasileiro da CBJJ. 

“Só treino jiu-jítsu, das sete da manhã às onze da noite. Tenho um estúdio de musculação, então eu sobrevivo dessa parada aí, dando aula, lutando. Tem mais ou menos cinco anos que eu abdiquei de tudo, para viver esse sonho”, disse o lutador, referindo-se ao empreendimento que comanda no Monte Sinai, perto da entrada do Manoa, Zona Norte de Manaus. 

 

Para José Cordeiro, o “jiu-jítsu raiz” nunca vai morrer. Esse estilo junta agressividade no tatame, uma fome enorme de finalizar os adversários e, sobretudo, respeito à academia de formação e aos mestres que ensinam os segredos desse esporte. 

 

“A gente está tatuado desde criança. Eu represento a Aníbal e vamos morrer assim. Quem tem raiz é sempre mais forte, e você sabe disso”, disse Cordeiro. “A gente vai ao tatame para terminar, finalizar, eu não gosto de lutar para pontuar. Meu jiu-jítsu é antigão, é raiz, busca sempre a finalização”, conclui o guerreiro da “velha escola”. 

 

Texto e fotos: 

Emanuel Mendes Siqueira (92) 99122-3785

Agência Emanuel Sports & Marketing

 

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