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Irmãos Pacheco: a esperança do Operário de Manacapuru na final da Iranduba Cup

No mundo do futebol, o termo “celeiro de craques” serve para definir um clube que tem por costume revelar grandes jogadores. E quando esse celeiro está instalado numa mesma família? É justamente o que está acontecendo com os irmãos Pacheco, que após revelar Dudu, 23 anos, meia do Vila Nova-GO – equipe que disputa a Série B do Campeonato Brasileiro-, já prepara mais duas novas feras dos gramados. Rian Caio e Raylison atuam no Operário, de Manacapuru, e são destaques do “Sapão da Terra Preta” na final da categoria Sub17 da Iranduba Cup, marcada para este domingo (20), no estádio da Colina.

Rian Caio, 16 anos, assim como o irmão mais famoso, é meio campista e capitão do Operário. Enquanto Raylison, 14 anos, é lateral esquerdo na equipe do Sapão da Terra Preta. Pai da dupla, Luiz Carlos Pacheco, 48 anos, mais conhecido em Manacapuru como Garrincha, fala orgulhoso da família de craques que tem em casa. “É uma sensação muito boa, pois somos de uma família que gosta muito de futebol. Começa pelos avôs, e os pais nem se fala. Eu jogava e ainda sou ligado o tempo  todo em esportes”, disse o patriarca dos Pacheco, revelando que a dupla é monitorada, mesmo que à distância, por Dudu.

“O Dudu sempre está em contato e acompanhando. É ele quem comanda os irmãos juntamente comigo. Ele briga com os irmãos quando precisa, e assim vivemos no mundo do futebol: um ajudando o outro dando força e incentivo”, explicou.

Palavra do jovem “Capita”

Atleta centrado dentro e fora de campo, não é à toa que Rian Caio ostenta a braçadeira de capitão do Operário. Meia de velocidade e bom passe, o camisa 8 do Sapão também se destaca pelo poder de finalização. Perguntado quais suas ambições no futebol e sobre o irmão que atua no Vila Nova-GO, Rian não se fez de rogado e encarnou o “sincerão”.

  “Minhas ambições são bem grandes. Tenho desejo de jogar fora profissionalmente e ser um jogador bem sucedido dentro do futebol. Falando do Dudu, ele é um cara que dispensa comentários dentro e fora de campo”, revelou. Questionado se pretende ser melhor que o irmão mais velho um dia, Rian ponderou e pregou a humildade. “Ser melhor que o Dudu? (risos) Essa é difícil de responder, ele é um jogador de muita qualidade, estou trabalhando e treinando pra chegar lá!”.

“Latera” artilheiro

Com mais de 150 gols na curta, mas vitoriosa carreira, Raylison é um jogador polivalente. O camisa 20 do Operário atua tanto na lateral esquerda como na direita, além de demonstrar muita técnica também no meio de campo. Cria mais nova do “Celeiro Pacheco”, Raylison cita as suas características dentro das quatro linhas e, claro,  o faro de gols.

“Uma das minhas características é a bola parada. Meu pai sempre fala que eu sou bom em bola parada. Desde do início da minha carreira eu tenho na faixa de 150 gols. Sou aquele lateral que faz gols, que gosta de ir ao ataque, gosto de atacar no jogo”, comentou.

Vale lembrar que o Celeiro Pacheco ainda conta com mais um irmão prestes a explodir no mundo da bola: Francisco Pacheco, mais conhecido como Tico, que atualmente treina na base do Princesa do Solimões. Aos 19 anos, o lateral direito, que fez toda a base no Operário, avalia proposta pra deixar Manacapuru. Mas essa é uma outra história. 

A Iranduba Cup

Competição organizada pela Liga da Amazônia no Futebol de Base (LIRDAM), a Iranduba Cup chega na sua fase final neste domingo (20), com decisões em três categorias. No Sub17, onde os irmãos Pacheco estarão em campo, a final é entre Sul América e Operário. O duelo do Trem da Colina com o Sapão da Terra Preta está marcado para às 14h, no estádio Ismael Benigno, a Colina, na Zona Oeste de Manaus.

A segunda edição do torneio contou com 36 equipes e 800 atletas, que iniciaram a disputa no início de abril, mas que teve de ser paralisada por conta da pandemia do novo coronavírus (COVID-19). A Iranduba Cup também contará com as finais do Sub15 e Sub13. Na luta pela taça no Sub15, a briga é entre Vasco Academy e Projeto Millan Netos, em jogo marcado para às 15h. Apenas um hora depois, tem clássico na final do Sub13, onde Guerreirinhos, escolinha de futebol do Fluminense em Manaus, enfrenta o Meninos da Vila, escolinha do Santos na capital.

 

Texto: Denir Simplício

Fotos: Felix Coelho e Acervo pessoal dos atletas

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