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Campeã brasileira de wrestling aos 13 anos: a incrível história de Sthefany, de Manaus

O que você faz aos 13 anos? Brinca de bola, de boneca, joga videogame, só estuda? Para a amazonense Sthefany Evangelista Calheiros, 13,  os parques de diversão são os tatames de jiu-jítsu e os tapetes de luta olímpica, territórios onde ela desponta como um diamante em processo de lapidação. A façanha mais recente aconteceu durante o Campeonato Brasileiro de Wrestling Sub-15 de 2021, em que ela brilhou ao conquistar a medalha de ouro no estilo livre feminino até 66 kg. A disputa nacional foi realizada no último sábado, 10 de julho, no Centro de Iniciação ao Esporte, em Itabaiana, Sergipe.

 

Sthefany é um talento forjado no jiu-jítsu, esporte abraçado por milhares de meninos e meninas do Amazonas. Ela começou na academia do professor Dailson Pinheiro e atualmente é atleta da Anibal Fight, do também renomado técnico Fábio Anibal. Faz dois anos que as excelentes referências na luta a levaram para o wrestling, modalidade na qual ela é aluna do treinador Nestor Antonio Garcia, atual líder do Centro de Treinamento de Lutas Esportivas e Olímpicas (CTLEO), no bairro do Alvorada.

 

No Brasileiro de Wrestling Sub-15, Sthefany era uma das  mais jovens inscritas, além de estreante no campeonato. Nada disso foi obstáculo para a menina prodígio do bairro da Redenção vencer as oponentes da Paraíba e São Paulo. Desempenho que valeu um ouro histórico para o Amazonas. A adolescente lutadora também garantiu vaga na seleção brasileira que vai disputar os Jogos Pan-Americanos da categoria, em outubro, no México.

 

Orgulho da família – Os pais da campeã, Francisco Magson Pereira Calheiros e Elane Machado Evangelista, são pura alegria. Eles se viram nos trinta como “paitrocinadores” e, apesar das dificuldades financeiras, sempre apoiaram a garota. A família acredita que o título nacional no wrestling é como o passaporte, literalmente, para Sthefany alçar voos mais altos.

 

“Era eu lá em Sergipe e a mãe dela aqui em Manaus, todo tempo ligando, conversando. Na hora que ela conquistou a medalha eu enlouqueci, corri dentro da quadra, abracei e levantei-a. Uma sensação muito boa de dever cumprido. Ela treinou muito, é uma menina muito dedicada, não falta treino”, disse Magson.

Novo desafio  – De acordo com a Confederação Brasileira de Wrestling (CBW), o torneio nacional de Sergipe concedeu aos campeões de 15 categorias, cinco em cada estilo olímpico, vaga no Pan-Americano Cadete 2021, previsto para outubro na Cidade do México, capital do México.

 

“Ela machucou o tornozelo um mês antes da competição, e ainda está um pouco dolorido, mas já está treinando direito. São apenas dois meses para o Pan do México”, concluiu o pai, sem esconder o orgulho da “cria”.

 

 

Texto: Emanuel Mendes Siqueira (92) 99122-3785

Fotos: Divulgação

 

 

 

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